terça-feira, janeiro 16, 2007

ROADS

viajei, mas não tanto quanto eu queria. a barraca não chegou. não ainda. o trabalho chamou mais cedo. coisas a escrever. negri e deleuze a ler.
outras viagens virão. norte de são paulo, centro-oeste... é só o começo, pois assim será o ano todo e, se tudo der certo, irei ainda mais longe, mais ao alto, em direção ao mais antigo.
gosto da vista do alto - se, por um lado, não gosto de olhar de cima de prédios direto para as calçadas abaixo, gosto de fitar o horizonte das alturas. nada como tudo olhar do topo de uma montanha.
todas as religiões antigas tinham nos montes e montanhas seus lugares sagrados. o monte fuji no japão... de uma montanha moisés vislumbrou a terra prometida. o olimpo.... as neves eternas do kilimanjaro... sagarmatha (em nepalês, rosto do céu) ou qomolangma (mãe do universo, em tibetano), que os ocidentais chama de everest, ou a andina sentinela de pedra, o aconcágua... todos lugares um dia ligados a religiões, e que mantém seus apelos místicos...

por ora me bastará locais mais altos do que os 760 metros de altitude da capital paulistana, ou os mais de 800 de minha casa. novos ares. nova poeria sobre as mochilas.
há os que nascem para criar raízes. e os que descobrem novos campos para outros semearem. alguém tem que ir além. prefiro que seja eu, pois pedras que rolam não criam limo.