quinta-feira, novembro 23, 2006

era assim.
era mesmo assim.
uma idéia na cabeça, um desejo na mente, uma dor no coração, e a imensa vontade de sair correndo. de tudo.
a vontade de dançar como não pudera fazer aos vinte anos. a raiva por tanto tempo perdido, tantas chances concedidas e agora um resto de medo, e uma forte resolução.
tudo ia mudar.
já mudara.
ela agora era livre. apenas isso. e isso bastava. pois de nada adianta tudo o mais se não há ar para respirar, se não há a água para refrescar a sede, e alguém para lhe matar a fome de amor.
era assim.
era mesmo assim.
e assim seria, custasse o que custasse.